sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Desvendando Meu Arsenal de Edição de Foto e Vídeo: Potência na Ponta dos Dedos

Na era da criação de conteúdo visual, ter as ferramentas certas é crucial. Neste post, vou mostrar o que está por trás das cenas do meu equipamento de edição de foto e vídeo. Nada de fantasias, apenas fatos. Estou listando todos os itens do meu computador, de processadores a monitores, juntamente com um link direto da Amazon BR que oferece entrega garantida e frete grátis em diversos itens, é só clicar no link para ser levado diretamente para o site.

 Se você está curioso sobre como montar um conjunto eficiente, você está no lugar certo. Vamos começar com uma análise detalhada começando pelo coração do sistema:

Processador AMD Ryzen 5 5600G: O processador é o cérebro do nosso sistema. O AMD Ryzen 5 5600G, com seus seis núcleos e doze threads, proporciona um desempenho sólido para lidar com tarefas de edição de fotos e vídeos pesados. Sua arquitetura Zen 3 oferece eficiência energética e velocidade impressionante.

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Placa Mãe B450 Steel Legend: A placa-mãe é o alicerce do nosso equipamento, conectando todos os componentes. A B450 Steel Legend é uma escolha confiável, com recursos como slots de memória DDR4 de alta velocidade, várias portas USB para conectividade, e suporte para o processador Ryzen, garantindo uma base sólida e bem refrigerada para o nosso sistema.

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Memória RAM: A memória é essencial para um desempenho suave na edição. Equipei o meu sistema com 32 GB de memória RAM DDR4 de 3200 MHz, garantindo que nossos projetos de edição sejam executados sem problemas e que possamos alternar entre várias tarefas de maneira eficiente.
Atualmente estou usando 4 memorias de 8gb da marca 

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Armazenamento Rápido com SSD e HD: O armazenamento é crucial para acessar rapidamente nossos arquivos. Utilizamos um SSD NVMe de 2tb GB para o sistema operacional e programas de edição, proporcionando inicializações rápidas e carregamento de aplicativos quase instantâneo. Um HD de 2 TB oferece um amplo espaço para armazenar nossos arquivos de mídia e projetos em andamento.

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Placa de Vídeo RX 580: A placa de vídeo RX 580 é uma escolha sólida para acelerar o desempenho gráfico, permitindo que nossos projetos de edição sejam renderizados com fluidez e visualizados com clareza. Seus 8 GB de memória GDDR5 garantem que nossos projetos de edição sejam executados sem problemas.

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Monitor Ultrawide: Escolhemos um monitor Ultrawide de 26 polegadas com resolução QHD para oferecer espaço de trabalho adicional e uma experiência imersiva de edição. Com uma gama de cores ampla, podemos obter uma precisão de cor excepcional para garantir que nossas edições sejam verdadeiras à nossa visão.

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Periféricos de Qualidade: Investimos em periféricos de alta qualidade para otimizar nossa produtividade. 

Nosso teclado mecânico oferece uma sensação de digitação agradável, e nosso mouse com sensor óptico preciso garante movimentos suaves e controle preciso. 

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O mouse pad de grande tamanho fornece uma superfície de trabalho ampla para movimentos precisos.

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Cadeira Gamer Confortável: Uma cadeira gamer ergonômica é essencial para suportar nossas longas sessões de edição. Com apoio lombar e almofadas ajustáveis, nossa cadeira oferece conforto e apoio, permitindo-nos manter o foco na criação.

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Outros itens secundários mas que achamos indispensáveis para uma boa experiencia para trasnferencia dos seus arquivos:

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terça-feira, 2 de junho de 2020

Capturando o Cometa C/2019 U6 (Lemmon)

2020 tem sido o ano de cometas brilhantes levando a comunidade principalmente de astrofotógrafos a montar seus equipamentos e fazer belos registros. O cometa da vez é o C/2019 U6 (Lemmon), que inicialmente ao ser descoberto foi categorizado como sendo um Asteroide e pouco tempo depois teve sua designação mudada para cometa após observadores perceberem características cometárias como coma e uma pequena cauda. O C/2019 U6 (Lemmon) foi descoberto pelos observadores R. A. Kowalski e T. A. Pruyne, no Mount Lemmon Survey (Arizona, EUA), no dia 31 de outubro de 2019. 

Trajeto do C/2019 U6 no Sistema Solar (http://astro.vanbuitenen.nl/comet/2019U6)

Aos poucos o cometa tem aumentado seu brilho, e está transitando pela região oeste próximo a estrela Sirius, visível logo após o por-do-sol. Estimasse que seu brilho alcançará a magnitude 5,5 do dia 14 de junho até o dia 3 de julho de 2020. Para se ter uma ideia da sua visibilidade, o olho humano consegue observar em condições atmosféricas ideais estrelas de de magnitude 6,5.

Nota: Magnitude é uma medida de brilho ou energia emitido por uma estrela ou outros objetos do céu noturno. Essa escala vai de -27, como é classificado o Sol (mais brilhante), até +35, que é o limite alcançado pelo Telescópio Hubble. 

Trajeto do Cometa para os próximos dias (http://astro.vanbuitenen.nl/comet/2019U6)


Vendo inúmeras astrofotos dos amigos sendo compartilhadas, decidi mesmo sabendo das limitações do meu equipamento, fazer o meu próprio registro do cometa. Como daqui do apartamento tenho visão exclusiva para o lado sul do céu e um pouco de leste, tive que ir para a chácara de meus pais em um bairro vizinho para ter aquela parte do céu desobstruída. Domingo (31/05/20), começou o programa do Faustão e eu já tinha a desculpa perfeita pra não ficar na TV (oloco bicho!). Equipamento no carro, agasalho vestido e bora pra lá! 

Captura do amigo Adriano de Oliveira com um Telescópio GSO 305mm (https://www.astrobin.com/4z0bqd/?nc=user)


O primeiro passo e um dos mais importantes para a captura de qualquer objeto do céu é alinhar bem a montagem equatorial com o sul celeste. Aproveitei para testar a gambiarra  o upgrade que fiz na EQ1 usando um laser para facilitar o alinhamento. 
O primeiro passo é localizar o sul celeste, e mesmo conhecendo bem a região as vezes é fácil se perder nas estrelas. Alguns minutos depois eu já tinha a minha câmera apontada para o eixo polar e agora era hora de orientar o eixo da minha montagem para a mesma região. Com o laser ligado fui ajustando a latitude e depois a longitude até chegar com o faixo de laser bem no centro. 


Sul Celeste localizado (a manchinha é uma poeira no sensor da câmera)

A mesma imagem anterior somado com um print screen do Software Stellarium sobreposto evidenciando o eixo celeste.

Após alguns ajustes, o laser quase centralizado no eixo. Para um perfeito alinhamento ele deve estar apontado bem no centro do polo. 

Montagem alinhada, era hora de caçar o danado do Cometa "U6 limão". A minha referência era a estrela Sirius, nada menos que a estrela mais brilhante do céu noturno, na Constelação de Cão Menor. Usei a Lente Canon EF 75-300mm f/4-5.6 III USM para busca e captura do cometa. Na menor distância focal da lente já foi possível localizá-lo bem fraquinho no campo da foto. E depois de localizado, aumentei para 135mm para deixa-lo bem centralizado no campo. 


Já na primeira foto, foi possível localizá-lo (Canon 80D, 75-300mm @75mm, ISO 1250, f/4, 5s)


(Canon 80D, 75-300mm @135mm, ISO 1250, f/4.5, 5s)

Após localizado era hora de programar a captura, usando um intervalômetro programei para registrar 60 fotos de 20 segundos de exposição cada, totalizando 20 minutos de exposição. Devido aos erros de rastreamento da montagem, perdi alguns desses frames, e acabei totalizando 13 minutos e 50 segundos de exposição, com 43 frames utilizados. 

(Canon 80D, 75-300mm @135mm, ISO 1250, f/5.6, 43 x 20s)

Como ainda era cedo e o frio ainda não castigava tanto, fiz mais algumas capturas dessa vez em 300mm. Após 11 fotos de 15 segundos de exposição cada, fiz o já tradicional empilhamento no Deep Sky Stacker e depois o processamento no Photoshop, revelando a imagem abaixo com o cometa até mais visível do que eu imaginava. 


(Canon 80D, 75-300mm @300mm, ISO 1600, f/6.3, 11 x 15s)

Apesar da baixa quantidade de informação capturada do cometa, fiquei satisfeito pelo aspecto geral. Primeiro porque foi a primeira vez que levei meu equipamento para a chácara dos meus pais, foi bom para já ter um conhecimento para outras oportunidades, agora já sei o melhor local para montar a tralha, a direção do Sul Celeste, quais regiões do céu terei disponível e até quais vizinhos podem me atrapalhar com os refletores ligados. Segundo pois foi bem legal procurar mais informações sobre o Cometa, de começo eu estava muito curioso com "Lemmon" e descobrir que esse nome se deve ao local da captura (Mount Lemmon), foi bem legal. Escrever sobre a rotina da captura para mim também foi uma novidade e apesar de ter me tomado mais tempo do que eu esperava, diminui um pouco a sensação ruim de que "teria sido bom ter feito um vídeo de como foi feito essa captura". Sempre que vou a algum local bacana para fotografar o céu sempre penso em formas de criar um vídeo daqueles bem bacanas falando sobre o lugar, sobre as técnicas e tudo mais, mas quando chego eu só penso em aproveitar o máximo de tempo possível fotografando hahahaha Escrever sobre isso é uma forma de amenizar essa "perda" e poder compartilhar com quem lê, o que há por trás de uma astrofoto. 

terça-feira, 26 de maio de 2020

Adaptando Laser Verde Para Uso na Tomada

                               

Um dos itens muito utilizados para a localização de objetos no céu noturno é o laser verde. Existem vários modelos, desde os mais simples de pilha até o mais sofisticados com bateria e chave liga/desliga. O modelo que possuo é desse mais simples, que comprei por 40 reais em um shopping popular e ele tem um grande problema de descarregar pilhas rapidamente, mesmo as alcalinas de boa qualidade acabam não durando mais do que 5 ou 6 observações, lembrando que sempre retiro as pilhas ao final de cada observação, caso contrário dependendo do tempo entre um uso e outro, já na segunda observação o feixe de luz fica extremamente fraco. 
Cansado de comprar pilhas resolvi fazer uma modificação nele, para que ele pudesse funcionar na tomada, com pilhas ou até mesmo com uma bateria de celular. 

As especificações do laser são:

Output Power: Min 2.5mW, Typical 3.0mW, Max 5.0mW 
Working current: Min 10mA, Typical 20mA, Max 25mA 
Working voltage: Min 2.3VDC, Typical 4.5VDC, Max 8.0VDC 
Wavelength: 650nm 
Working Temperature: Min -15°C, Typical 25°C, Max 35°C 
Storage Temperature: Min -20°C, Max +25°C

Ou seja, posso usar um carregador de celular sem risco de queimar o laser.

Ao desenroscar o compartimento de pilhas temos acesso a parte de alimentação do laser. A mola é entrada negativa e a borda interna, a positiva. 


Usei um cabo USB velho que tinha aqui onde removi a conexão USB mini e expus os fios internos. Aqui será importante para nós somente os fios vermelho e preto do cabo podendo isolar o restante. O fio vermelho é o positivo enquanto o negativo é o fio preto. Do outro lado, mantive a conexão USB A, de modo que eu possa usá-la em um carregador de celular. 
Daí em diante o processo é simples, com um ferro de solda solde os cabos nas polaridades respectivas (faça testes antes de fazer a solda para ver se o laser liga). 
Como a finalidade principal desse laser é usá-lo como um laser polar onde irei alinhá-lo com o eixo de ascensão reta da minha montagem EQ1 e com isso facilitar o alinhamento polar, irei descartar o compartimento de pilhas para que o laser tenha seu tamanho reduzido e evite esbarrões desnecessários. 

Inicialmente fiz somente a adaptação para o uso do laser com o carregador de celular, mas em breve montarei uma caixinha para o mesmo ser usado também com as terríveis pilhas ahahahaha e até mesmo com uma bateria. Para o uso com pilhas o processo é mais prático, já com a bateria, preciso montar um esquema para facilitar o recarregamento da mesma, mas creio que seja só questão de sentar e bolar um esquema sem muita firula.


O esquema para uso ficou dessa forma e assim que eu fizer a caixinha de pilhas e bateria compartilho com vocês. Aproveitei e já coloquei ela na montagem para testar e acabei até mesmo já alinhando com o eixo da montagem, inicialmente utilizei fita isolante que além de segurar já fazia a pressão no botão de liga/desliga e depois de alinhada usei durepoxi para dar firmeza e não correr o risco de num esbarrão ele se mover. A forma com que fiz isso fica para um próximo post. 



Ah e antes que me esqueça, use sempre o laser com muita cautela para não apontar para outras pessoas e também não apontar para aviões, pois além de crime pode causar acidentes. Evite também utilizar o laser a todo momento, principalmente em encontros de astrofotografia. Ninguém quer ter suas fotos com riscos verdes ao longo do céu como uma guerra de sabres de luz.   

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Estamos de volta


Hoje me peguei pensando que eu preciso fazer algo para contribuir com a astronomia, principalmente durante esse momento em que vivemos devido ao Covid-19. Pensei em mil maneiras não praticas de contribuição e acabei chegando a conclusão que fazer o simples é mil vezes melhor do que não fazer algo elaborado.



Lembrei-me deste blog que já estava quase mofando e puxa vida! JÁ FAZEM QUASE TRÊS ANOS DESDE MINHA ULTIMA POSTAGEM!

Muita coisa mudou de lá pra cá e muita coisa boa aconteceu também. Bom a começar pelo apartamento, deu tudo certo certo! Temos uma vista incrível e por muitas vezes não preciso descer para a área externa para fotografar, faço tudo direto da janela hahahaha.
Por falar em fotografar, essa foi uma das grandes maravilhas que aconteceram na minha vida durante esse período. Tomei gosto pela fotografia de vez e a natureza sempre foi minha grande paixão, comecei a estudar fotografia e descobri que não conhecia nem 10% de fotografia, equipamentos, ferramentas e edição. Decidi aprender um pouco mais sobre, e decidi que seria hora de vez de monetizar essa minha paixão. Entre um ensaio e outro para familiares e amigos consegui vender o meu primeiro pacote e percebi o quão prazeroso é esse momento para todos: para mim e para a família fotografada. Através das minhas fotografias de natureza consegui chamar atenção para mais pessoas e fui me consolidando. Não é muito, pois tenho apenas os finais de semana de folga do meu outro empreendimento para fotografar, ainda assim, houve tempos em que eu não parava em casa nesses finais de semana. Esse foi o período de maior aprendizado e crescimento. A cada ensaio ou evento eu descobria uma dificuldade que eu tinha e logo já tratava de corrigir isso com estudos. Esses trabalhos me permitiram fazer um upgrade no meu equipamento. Adquiri uma Canon 80D e algumas lentes novas, como a 40mm 2.8 pancake. Ah, e minha T4i que era modificada para astrofotografia acabou indo para nas mãos de outro astrofotografo. Decidi vendê-la ao perceber que precisava ter uma câmera de backup, para caso acontecesse algum imprevisto com a 80D. Após a venda uma grata surpresa também, minha esposa que já demonstrava um certo gosto por fotografar decidiu me acompanhar, então ao invés de uma câmera mais simples, com ajuda dela partimos logo para uma Canon SL2 (um excelente custo-beneficio).


Outro grande acontecimento foi conhecer inicialmente o projeto Astronomia na Serra, com encontros na Serra do Rola Moça, onde havia sempre uma palestra e logo depois subíamos para a plataforma de observação. Através desse projeto, surgiu o grupo Astrofotografia na Serra, onde no mesmo local nos reunimos para fotografar o cosmos. Belas amizades surgiram e muita troca de informação legal ocorre durante os encontros, por vezes, aprendo mais em cinco minutos de conversa do que em duas horas vendo vídeos no youtube. A galera lá é fera!


Da esquerda para direita: Eu, Gleison Quintão, Marcelo Sales, (?), Eduardo Ziller e Filipe de Lima
Enquanto digito, estou percebendo como uma coisa vai puxando a outra. Acho que nunca parei pra pensar nesse "puxa-puxa" rsrs Mas foi através do grupo no whatsapp do Astrofotografia na Serra que conheci o professor Magela do CEFET-MG. Ele é professor do Campus Contagem (que fica de frente meu apartamento), e fiz uma foto muito marcante de um raio caindo bem na direção do prédio do campus, e ao compartilhar no grupo, de prontidão o professor Magela me chamou e após um bate papo pelo aplicativo, me convidou para ir lá conhecer a unidade.

A foto do Raio "caindo" bem na direção do campus, parece até que caiu exatamente sobre o prédio não é mesmo?




Professor Magela e Eu no telhado do campus, onde está sendo instalado um camera de monitoramento de Meteoros da Exoss


Que local incrível, me deu vontade de voltar a estudar hahahaha os poucos professores que conheci lá demonstraram um interesse tão grande quando tocamos no assunto astrofotografia que me senti realmente feliz em poder estar ali naquele momento.
Combinamos algumas palestras para os alunos e logo aconteceu, a primeira foi algo bem informal, uma prática bem direta onde eles já foram logo conhecendo a câmera e os ajustes necessários.

Fotos com os alunos no primeiro encontro.


No fim desse encontro fui convidado a participar do GEDAI (Grupos de Estudos e Divulgação de Astronomia Inter campi do CEFET-MG). Lembro que foi tudo muito rápido e logo já estávamos marcando uma palestra. Essa palestra em si foi muito legal, repassando aos alunos alguns conceitos de astrofotografia e consequentemente de astronomia, haviam até mesmo professores assistindo e foi bacana demais.



1º Palestra de Astrofotografia GEDAI 



Pouco depois ocorreu o encontro anual do GEDAI chamado "Jornada GEDAI", caramba aquilo era tudo muito novo pra mim, em poucos meses eu estava inserido novamente na comunidade estudantil e em meios a cara que sempre ouvi falar mas nunca havia conhecido pessoalmente. Na Jornada falei um pouco sobre o projeto que de astrofotografia no Campus Contagem, e também um pouco mais sobre astrofotografia em geral e tive o prazer de estar próximos a pessoas como Cristóvão Jacques, um dos grande nomes da astronomia brasileira e hoje um dos sócios do SONEAR, também logo após as palestras um bate papo excepcional com o professor Rodolfo Langhi. (Que dia!)


Apresentação dos projetos iniciados na unidade Contagem
Professor Rodrigo Langhi após um bate-papo breve sobre astrofotgrafia.

Depois disso conheci muito mais pessoas ligadas ao GEDAI como o Professor Léo Gabriel, Sidney Maia, Weber Feu e o grande Sérgio, além do talentosíssimos Julio Sardinha e o Warley lá do campus Timóteo.

Em outubro do ano passado (2019), durante a Semana C&T (Ciência e Tecnologia), ministrei mais uma palestra no CEFET, dessa vez com o tema "“Astrofotografia Amadora, fotografando o cosmos com equipamentos básicos”, onde demonstro o quanto a astrofotografia é democrática, podendo ser praticada até mesmo com Smartphone. Conceitos de fotografia e os principais tipos de astrofotografia também fizeram parte dessa troca de conhecimentos tão gratificante.



Cacete, parando pra ler aqui, foi coisa pra caramba hahahahahha

E pra fechar vamos ao que interessa mais: ASTROFOTOGRAFIA!
Bom, começando pelo setup, como já disse, vendi minha câmera modificada e comecei a usar minha 80D para fotografar o céu e como o apartamento aqui é enorme, se eu adquirisse algum setup grande, tenho certeza que minha esposa me colocaria pra fora então, decidi ir para a linha do setup compacto (e barato!). O primeiro passo foi procurar uma montagem equatorial num preço justo. É obvio que não encontrei nada usado com esse quesito, o pessoal até mesmo em equipamentos usados tem pesado a mão nos valores. Então decidi por uma EQ1, é uma montagem pequena e barata que para ser usada com câmera e lente, faz até bem o seu papel. Achei uma montagem usada em SP com um greika de 60mm, tentei comprar só a montagem mas o vendedor só vendia tudo junto. Ainda assim, paguei um bom preço e um pouco depois vendi o refrator a parte, então no fim das contas ficou bem barato essa montagem. O próximo passo foi motoriza-la, e para isso comprei no aliexpress aquele motor drive da Celestron com ajuste manual de velocidade. Tentei alguns "upgrades" nessa montagem mas o mais efetivo sem duvidas foi desmontar ela toda e remontar com graxa nova. Funcionou de forma bem melhor, sem duvidas!

E por ultimo um filtro CLS-CCD para poluição luminosa, que tem me trazido boas capturas quando as faço daqui do apartamento.

Então é isso, acho que não esqueci nada importante nesse período e caso me lembre, adiciono para vocês. Aos poucos vou fazendo uma postagem mais aprofundada sobre cada equipamento.

Fiquem a vontade para deixar nos comentários observações ou até mesmo alguma dúvida. Terei o maior prazer em respondê-la.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Primeiro teste com Lente Canon EF 75-300 f/4-5.6 II para Astrofotografia




Um novo equipamento ou a troca por um outro diferente traz consigo muitas mudanças, além do equipamento (claro). Confesso que quando possuía minha Nikon d3200 cheguei em um momento em que não sentia mais prazer em fotografar, ou melhor, astrofotografar. Achava que eu já tinha tirado o máximo dela e que eu não conseguiria tirar nada de melhor além do que eu já havia conseguido. É claro que eu estava errado, mas não digo que totalmente e explico mais pra frente o porque, mas foi justamente após vender a minha Nikon é que percebi o quanto ela poderia me oferecer e as inúmeras funções que eu sequer sabia que existiam nela, e funções essas que melhorariam muito minhas fotos do dia-a-dia. Em astrofotografia nem tanto, pois usava mais em foco direto no telescópio e essas funções não acrescentariam em nada nas imagens.

Quando digo que eu não estava totalmente errado quanto ao meu desleixo, digo isto pois ao adquirir minha primeira dslr percebi uma pequena, mas importante diferença entre Canon e Nikon: o preço das lentes.As lentes Nikon com motor para foco automático embutido custam quase o dobro de uma Canon com a mesma especificações idênticas, e um exemplo disto é a comparação entre uma 50mm EF 1.8 Canon e uma 50mm 1.8 af-s Nikkor, enquanto uma nova no mercado livre custa 450 reais a outra custa 845 reais, respectivamente. Esse preço alto em lentes comuns me permitiu adquirir apenas um 35mm 1.8 e uma lente antiga 28-90mm 2.8 com foco manual. E como havia dito no principio, a mudança ou aquisição de novos equipamentos sempre traz aquela euforia, a vontade de testar tudo, de ver tudo com novos olhos, planejar durante o dia o que irá fazer e por a mão na massa a todo instante possível.


E isto aconteceu ao adquirir minha T4i e está novamente acontecendo agora que comprei minha primeira lente canon, um 75-300mm com abertura de f/4 na menor distancia focal e f/5.6 em 300mm. Não é nenhuma lente prime, pelo contrario, até onde li é uma das lentes zoom mais simples da linha mas me agradou bastante para fotos diárias. Como é bom poder voltar a fotografar aviões e pássaros a distância, com qualidade. Fazia isso com o refletor de 150/750mm da SkyWatcher, que me proporcionava cerca de 1º de visão, permitindo bons detalhes em objetos bem distantes, e agora tenho essa oportunidade novamente, que apesar de proporcionar o campo 5x maior que o telescópio, tem a vantagem de ser leve, portátil e ainda a facilidade com o foco automático ou mesmo o manual com o ajuste fino bem na ponta dos dedos.

Anu Preto no fim de tarde pela T4i e lente em 300mm

Após me divertir bastante com as possibilidades de fotos diurnas, resolvi fazer alguns testes sem muitas expectativas do céu noturno. O alvo foi a região de eta carinae, para que além da lente eu pudesse testar o principal diferencial da minha câmera, que é a modificação para astrofotografia que me permite maiores detalhes principalmente em nebulosas. Após montar tudo e configurar o intervalômetro com 5 segundos de exposição para que as estrelas não criassem rastros por conta do tripé fixo, consegui um amontoado de fotos para fazer o empilhamento e pós processamento. Somente após fazer o backup do cartão de memória percebi que esqueci de mudar o formato das imagens para raw, e acabou ficando tudo em jpeg mesmo hahahahaha confesso que sou bem voado.

Frame único da sessão de registros

No fim das contas, no tempo em que eu deixei a câmera registrando tudo sozinha no quintal e fui jantar, o céu aproveitou e resolveu fechar. Dos mais de 340 frames, só aproveitei 72 sem nuvens e ainda assim com um monte de riscos de satélites cortando o campo da fotos. Por sorte ainda assim consegui um bom resultado no empilhamento e devo confessar que a lente me surpreendeu. Pensei que iria  conseguir apenas alguns poucos detalhes no Aglomerado Aberto próximo de Eta Carinae, mas foi muito além disso, revelando muitos detalhes da nebulosa e da região no entorno. É claro que nem tudo são flores, as estrelas ficaram com um pouco de aberração cromática como eu já esperava, mas creio que isso seja resolvido fechando o diafragma da lente e jogando por volta de f/7.1 ou até mesmo f/8.0, mas só poderei fazer isso em uma montagem motorizada, para que a baixa abertura da lente possa ser compensada com exposições maiores. Abaixo o resultado final após o pós processamento no photoshop, com 5:05 minutos de exposição total e o iso de 6400 absurdamente alto rsrs


quarta-feira, 7 de junho de 2017

Primeiros testes

Chegou a Canon 650d (t4i) e fiquei bem empolgado pois a mesma entrega boas imagens mesmo em iso elevado. Ainda estou apanhando com os atalhos para configurações básicas,  mas além da tela móvel ela possui sensibilidade ao toque, o que facilita muito na hora que me perco com os botões. Por enquanto não adquiri nenhuma lente, estou usando a 18-55mm que peguei emprestado com o meu cunhado e fazendo testes de todos os tipos.

Por sorte esses dias o céu estava muito bom, com a via láctea bem visível e resolvi testar com o tripé fixo. Foram 86 frames de 14 segundos com iso em 1600 e 3200, sem arquivos de ajuste como darks e flats.

Na foto abaixo temos o resultado de apenas um frame de 14 segundos, reparem como a tonalidade vermelha se destaca devido a remoção do filtro, que corrige a quantidade de luz em infravermelho que chega ao sensor da camera.


Resultado dos 86 frames empilhados no Deep Sky Stacker




E aqui a imagem final já processada no Photoshop seguindo as dicas de processamento do vídeo do Rafael Compassi que falei no ultimo post.


É claro que por ser um teste sem compromisso algum, me senti muito satisfeito com futuros registros, mas sei da limitação do setup atual também. Antes de mais nada preciso de um acompanhamento e todos os dias procuro em sites de vendas de usados e nos grupos de venda do Facebook no minimo uma EQ1 em um preço justo. Como ainda estou contando que vou para o apartamento e lá meu espaço ficará bem limitado, um setup compacto será necessário, por isso penso em uma montagem pequena com motorização, e a Canon 650d com uma lente de ampliação maior como a 200mm 2.8 que todo mundo fala muito bem. 

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Aplicando novo método de pós processamento

Ta tudo andando meio bagunçado nesse momento em minha vida eu não consigo me manter firme em meus novos projetos por muito tempo, faço muitos planejamentos e acabo os deixando de lado logo no começo, ou quando vai muito longe, paro na metade (rsrs). Estou buscando melhorar isso, mas tenho percebido que a unica coisa em que me mantenho sempre focado é com a Astrofotografia. Não sei o que acontece mas nao consigo ficar um dia sequer sem pesquisar algo sobre o assunto. Penso que isso seja bom, me mantenho sempre no entorno disso e é uma das poucas coisas que sempre me dedico.

Hoje acabei vendendo o ultimo item do meu setup: minha DSLR Nikon D3200. Com ela aprendi basicamente quase tudo que sei sobre fotografia e principalmente astrofotografia. A pequena me aguentou bastante, hoje posso dizer que tirei uns 70% do que ela poderia me oferecer (pra mim, acho que isso é muito). Partirei para uma Canon T4i, que me servirá de forma melhor para astrofotografia  devido ao grande numero de softwares que dão suporte para DSLR Canon. Vamos aguardar para fazer os testes.

Enquanto isso estou trabalhando no reprocessamento de alguns registros do ano passado com camera e lente. Na verdade são só alguns reprocessamentos pois encontrei muitos dados sem empilhar no hd do outro notebook que queimou, então estou fazendo muita coisa do zero. Percebi em alguns uma melhoria muito significativa. O metodo é bem explicado pelo Rafael Compassi  que criou o Canal Astrofoto com muita informação boa, principalmente para quem está iniciando. Trata-se de alguns ajustes no Photoshop que revelam boa parte dos detalhes que ficam "escondidos" no resultado do empilhamento e também ajuda na remoção da vinhetagem com muita eficiência. Talvez eu faça numa postagem futura, um passo a passo de como faço esse processamento, mas você pode acompanhar detalhadamente por vídeo AQUI.

Segue abaixo os resultados comparando os registros do ano passado, com o processamento feito esse ano.

Autosave gerado pelo DSS



Primeira Edição feita em junho de 2016



Novo processamento feito em maio deste ano.



Outra imagem já trabalhada em junho do ano passado



E esta novamente processada em maio de 2017